Thursday, December 7, 2017
Idosos Desafios físicos e práticos
Idosos Desafios físicos e práticos
Por Carlos Chagas
Artigo feito por mim a pedido de meu amigo Walter J�nior. O assunto � mais voltado a alunos que cursam Educa��o F�sica mas n�o deixa de ser algo pertinente para este site, j� que este visa o bem de todos.
CAMPOS, Maur�cio de Arruda. Muscula��o e Idosos. In: ______. Muscula��o: diab�ticos, osteopor�ticos, idosos, crian�as, obesos. 3. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2004. p. 79-100.

Maur�cio de Arruda Campos � diretor da Comiss�o de Educa��o e Pesquisa da International Federation of Bodybuilding & Fitness e professor de Cinesiologia e Biomec�nica em cursos de P�s-gradua��o no Brasil e no exterior, autor de 7 livros na �rea de Cinesiologia e Biomec�nica aplicados � muscula��o. Tamb�m � tradutor e palestrante internacional.
Campos � autor do livro Muscula��o: diab�ticos, osteopor�ticos, idosos, crian�as, obesos onde procura tratar de pontos importantes e, �s vezes, negligenciados na �rea de muscula��o assistida. Neste livro, especificamente no cap�tulo 3, ele trata da quest�o do idoso e sua limita��o f�sica para readequa��o do seu corpo com o cotidiano diante da perda de vitalidade ocasionada pela elevada idade e a possibilidade desta readequa��o com muscula��o assistida por profissionais visando melhor sa�de. O cap�tulo trata do entendimento da realidade do idoso e da limita��o que este tem com o acesso a exerc�cios f�sicos e sua adequa��o com o mundo. Na primeira parte do cap�tulo Campos relata alguns problemas enfrentados pelo idoso nesta fase delicada de sua vida. Aqui Campos mostra que o idoso possui certas limita��es como a perda de vitalidade, agilidade, equil�brio, bem como aumento da possibilidade de fratura e les�es. Ainda segundo ele idosos compreendem a faixa et�ria entre 60 e 74 anos e os que est�o neste grupo t�m 50% de sua for�a extirpada se comparados com um jovem de 20 anos.
Campos destaca que o envelhecimento � respons�vel pela perda de vitalidade e que isso se d� por diversos fatores, dentre eles, o sedentarismo, o comprometimento do batimento card�aco, o aumento de gordura e a diminui��o de exerc�cios. O envelhecimento tamb�m atrai redu��o de pot�ncia, j� que esta redu��o � influenciada pela sarcopenia, ac�mulo de doen�as cr�nicas, medicamentos, altera��o no sistema nervoso e hormonal e hipertrofia muscular. O estado nutricional tamb�m � um fator agravante que, associado aos demais fatores supra citados desencadeiam no idoso uma s�rie de fatores de risco � sua sa�de que n�o podem ser combatidos somente com exerc�cios musculares. Mas estes podem e devem vir com o acompanhamento do m�dico respons�vel de cada �rea afetada na vida do idoso, o que requer aten��o especial de todos.
Esta realidade que o idoso adentra necessita de cuidados como exerc�cios musculares e alongamentos precisos, os quais trar�o maior conforto e comodidade ao idoso. Mas Campos salienta sempre a necessidade de programa��o de exerc�cios individualizada dos demais devido � maior necessidade de aten��o.
J� na segunda parte do cap�tulo Campos mostra que o idoso, devido aos grandes problemas adquiridos com o tempo, porta a necessidade de adequa��o ao mundo. V�rias s�o estas necessidades de adequa��o e muitas delas s�o resolvidas no campo dos exerc�cios f�sicos e muscula��o. O idos deve passar por uma s�rie de exerc�cios e pr�-adequa��o a estes. Alongamentos n�o muito for�ados, exerc�cios aer�bios que visam a flexibilidade e elasticidade dos m�sculos n�o deixando de lado a aten��o ao equil�brio fr�gil e risco de fraturas do idoso s�o fatores que mudar�o de fato a realidade deste. Estes exerc�cios ser�o de extrema import�ncia para o idoso j� que este dormir� bem, adormecer� melhor, ter� sensa��o de descanso ao acordar e melhorar� at� mesmo sua mem�ria.
Quanto aos exerc�cios aer�bios Campos apresenta dois tipos de testes de monitoramento dos mesmos: no talk test o profissional dever�, em tempo determinado, pedir para que o idoso fale algo para ele para que seja testado seu cansa�o. Com isso, o profissional poder� saber se os exerc�cios est�o muito cansativos conforme a sua fala apresente. O outro teste � o Borg Scale, onde cria-se uma escala de dificuldades na execu��o dos exerc�cios tendo como par�metro o batimento card�aco do avaliado variado entre a m�nima e m�xima freq��ncia aceit�vel. Assim, os exerc�cios proporcionar�o melhor precis�o na aplica��o n�o levando o idoso ao cansa�o, les�o ou qualquer outro tipo de comprometimento.
Para Campos, levar em considera��o a alimenta��o, necessidade de vitaminas, h�bitos e v�cios, riscos de exerc�cios que p�e em detrimento a integridade do idoso, necessidade de orienta��o m�dica, aten��o individualizada, o risco de sobrecargas, quedas e fraturas e o descanso s�o imprescind�veis para a vida e cotidiano do idoso.
Sabe-se que no Brasil o n�mero de idosos tem aumentado consideravelmente e, com isso, os desafios para apresentar m�todos de vida saud�vel a esta idade tamb�m. Entretanto, assim como o idoso possui desafios interligados que o for�am a uma luta desenfreada rumo � supera��o assim tamb�m deve ser a vis�o dos profissionais que lidar�o com este grupo em ascend�ncia. Sabe-se tamb�m que h� um tabu a ser quebrado quando se percebe que Educa��o F�sica, quando mencionada em meios acad�micos, leva os ouvintes a associarem esta com a vida jovial e nova do ser humano, deixando de lado os anos finais deste, bem como que a vis�o de trabalho destes profissionais � muito linear ficando aqu�m da necessidade de aplica��o deste profissionalismo � recupera��o da sa�de perdida.

Al�m disso, o despreparo para com o trato com o idoso � latente. Desde ao preconceito, passando pelas quest�es monet�rias e chegando � falta de materiais e informa��es complexas demonstram que o Brasil ainda n�o supera, ainda que em teoria, o tratamento do idoso deixando-o sem a dignidade de uma vida sem sofrimentos. Ainda usam-se m�todos muito rudimentares e paliativos.
A leitura deste cap�tulo do livro � recomendada a qualquer um que deseja n�o s� entender basicamente a quest�o do idoso para com os exerc�cios f�sicos como tamb�m para aqueles que querem iniciar estudos na �rea visando o profissionalismo na mesma.
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